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sexta-feira, 25 de maio de 2007

A fúria dos políticos

A classe política está furiosa com a Polícia Federal por causa da menção aos 100 nomes que teriam recebido mimos, presentinhos da Construtora Gautama, suposto membro da máfia das obras. Injusta indignação, porque, apesar de a prática de distribuição de presentinhos ser comum e comercialmente aceita, a relação dos políticos com empresas não é, nem pode ser considerada comercial. Deputados e senadores são pagos para legislar, e não fazer contatos com empreiteiras. Nada de mimos, especialmente o tal que se diz ter sido dado ao senador Delcídio Amaral, o fretamento de uma jato para ele ir ao enterro do sogro, ao custo de R$ 24 mil. Se não foi a Gautama, quem teria pago? É a mania de grandeza dessa gente; como fazemos nós, mortais comums? Se pudermos ir de avião de carreira, muito bem; se não houver jeito, não vamos, a menos que se trate de poderoso empresário que possa pagar pela extravagância. Não importa se é uma garrafa de Uísque ou uma caneta, em nome do princípio da impessoalidade, ninguém no serviço público deve aceitar presentinhos ou presentões, viagens, estadias, almoços, passeios de lancha, etc.

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