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sexta-feira, 16 de março de 2007

A Internet e suas armadilhas

A Internet e suas armadilhas Resolvi escrever sobre o assunto dos golpes internéticos porque, primeiro, é assunto de interesse geral, acredito, e, depois, porque tenho recebido diariamente uma ou mais tentativas de golpe. Não sou do ramo, mas aprendi algumas coisas que desejo compartilhar com os leitores, com o intuito de ajudá-los a se precaver contra dissabores, como encontrar sua conta bancária zerada, ou, pior, com saldo devedor, graças à ação dos piratas cibernéticos. A estratégia é sempre a mesma: aguçar a curiosidade do internauta com uma página falsa do governo, de um banco, de uma empresa prometendo brindes, cartões virtuais, apelos, empregos, etc. Me lembro que logo que comecei a usar computador, recebi um e-mail em inglês de um sujeito se dizendo funcionário público de um país africano, me pedindo ajuda para poder sacar seu dinheiro, que estava confiscado; uma história pra lá de enrolada, e esta ajuda era um adiantamento, e depois o saque seria dividido comigo. Dia 9 de março, recebi um e-mail da “Receita Federal”, com uns dizeres estranhos, incompatíveis com a linguagem que seria utilizada por alguém que escreve um texto para um órgão público. Vejam: ”Já esta disponível no sistema da Receita Federal o Programa de Imposto de Renda de Pessoa Física e Jurídica 2006 pelo computador é mais fácil e menos dolorido pagar imposto”. Imaginem se a Receita diria que é menos “dolorido” pagar imposto. De imediato, encaminhei o e-mail à Polícia Federal. Neste mesmo dia, recebi uma mensagem dizendo que eu poderia ficar “mileonário” (Sic), e só por aí, vi que se tratava de picaretagem, assim como já recebi propostas da reinvenção cibernética daquelas pirâmides financeiras dos anos 80 ou 90. Até mesmo a empresa “O Boticário” está sendo objeto de fraude, recebi um e-mail dizendo que eu receberia um presente no valor de R$75,00, bastando“baixar”um programa e informar alguns dados meus. É o que querem, meus dados, seus dados. Mas o pessoal da Delegacia de Delitos por Meios Eletrônicos da Polícia Civil de São Paulo me ensinou uma dica: para saber em nome de quem está um domínio (domínio é, por exemplo, o que vem depois de @ ou de www) basta acessar http://www.registar.com/ e lá, selecionar “whois”, que significa, em inglês, “quem é”. Ali são informados, nomes e endereços dos donos dos sites, seus e-mails verdadeiros, etc. Realmente, é preciso muito, muito cuidado; a bandidagem é esperta e procura despertar a curiosidade do internauta. Outro dia, veio uma mensagem de alguém, que nem dizia meu nome, nem o dela (ou dele, vai saber...) se dizendo apaixonada por mim, pedindo que eu clicasse num atalho, ou link, para ver a sua foto. Também há poucos dias, uma mensagem se dizendo do Tribunal Superior Eleitoral me “informava” que meu título estava suspenso, por problemas com meu CPF (o que tem uma coisa a ver com a outra?), e pedindo que eu acessasse um atalho e informasse “alguns dados meus” para regularizar minha situação. O chato é que muita gente cai nestas arapucas. Mas não precisa ter muito trabalho, preste atenção na ortografia, na gramática, e, principalmente, tenha em mente que nem governo, nem bancos pedem recadastramentos via Internet. Ele pode, sim, ser feito, mas por iniciativa do cidadão, que acessa o portal verdadeiro. Seja como for, desconfie sempre do que vem via Internet, proteja seus filhos de acesso a pedófilos, não divulgue suas fotos (das crianças) pela rede e, em caso de suspeita, não hesite em contatar: Polícia Federal: crime.internet@dpf.gov.br, ou, em São Paulo, 4ª Delegacia de Delitos por Meios Eletrônicos, do DEIC: 4dp.dig.deic@policiacivil.sp.gov.br

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