Cada Bilhão que o ex-futuro prefeito do Rio
gasta, custa 500 reais aos cariocas. Você já fez as
contas?!?
Por Edu Buys
O que um
país carente em educação e infra estrutura em geral, passando por saúde,
transportes, segurança e etc. pode fazer com uma verba de R$ 1 BILHÃO, um número
por si só tão maiúsculo?
E um
estado de nossa federação? E o que a nossa cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio
de Janeiro, já invocando seu nome santo, pode fazer com este dinheiro todo,
que significa R$ 500,00/ano per capita de cada cidadão carioca em atividade
produtiva? São mais de 40/ mês de cada um de nós, grande parte dos quais votamos
no prefeito Eduardo Paes.
Citamos
o atual prefeito do Rio porque já sabemos o que outros prefeitos de nossa cidade
fizeram recentemente com os nossos suados bilhões. Não podendo fazer uma Esfinge
egípcia, andaram plantando no coração da nova Barra da Tijuca um autêntico
elefante branco, sim, com com grife francesa. Ah, então assim pode? Mas o
elefante não é um zoológico para abrigar animais selvagens, alguns em extinção,
para a memória viva das gerações futuras. Não, o 'monstrengo', que é uma agressão
visual, um autêntico biombo cobrindo uma das vistas mais extraordinárias da
cidade, a Pedra da Gávea e as montanhas no entorno, nasceu para acolher
manifestações de música clássica, algo que talvez nem o prefeito de Viena teria
coragem de erguer. Com uma justificativa destas, e por tantas outras manifestações descoladas da população, esta repudiou mortalmente o prefeito de
então, e toda a sua trupe se viu prejudicada, por uma conta tão
disparatada.
Mas a
capacidade de respeito e aprendizado dos políticos, mesmos os mais novos e
aparentemente promissores, é desprezível e a repetição dos erros e desacertos
até tem aumentado, na medida em que as verbas aumentam, com a progressão da
fatia de impostos cobrados aos cidadãos, desde os mais humildes.
Poderíamos
falar dos autênticos descalabros que representam a minimização do Maracanã, que
depois de 500 milhões de reformas nas últimas décadas, conseguiu ser reformado
para caber menos de metade dos torcedores de 1950. E, como cereja ao contrário
do bolo, a ordem é derrubar o Estádio de Atletismo Célio de Barros, democrático
celeiro de um punhado de perseverantes atletas, que perderão o último resquício
de apoio para a construção de uma carreira olímpica ou, ao menos, uma modesta e
decente vida de treinador e instrutor de candidatos à atletas. Justo no momento
em que deveríamos estar prestigiando os atletas, derrubamos este celeiro sem
antes, ao menos, providenciar uma alternativa para desenvolver estas
atividades.
Repete-se
uma outra história, que vem perseguindo o Autódromo Internacional de
Jacarepaguá, de reputação mundial, um dos prediletos da Fórmula 1. Desde os
Jogos Pan Americanos o autódromo vinha sendo literalmente invadido por outras
atividades estranhas àquele esporte, sempre com a promessa de sua revitalização.
Agora, o futuro inesquecível prefeito, deu um tiro de misericórdia no autódromo,
fechando suas portas em definitivo, prometendo reerguê-lo em Marechal Hermes,
justo num terreno infestado de aparatos bélicos, esparramados de tal forma por
uma explosão ocorrida há 2 décadas em um depósito do Exército, que um de seus
profissionais, um Sargento, lá perdeu a sua vida enquanto realizava um treinamento
cerca de 10 anos atrás. Mais um verdadeiro 'presente de grego' na conta do
futuro ex-prefeito para a população da cidade que, de quebra, vai ter que gastar quilômetros
de reais para a construção do novo autódromo. Alguém saberia estimar quanto?
Podemos imaginar, nestas contas municipais estes 'importantes' investimentos
geralmente tem de 9 à 10 dígitos.
Quem quiser ir se provisionando em mais 500
reais, nada mais estará fazendo do que acreditar que o prefeito vai apresentar
mais esta conta.
Acreditamos
que o prefeito, por tantas que vem fazendo, vai ficar na memória de todos nós
por uma façanha ainda mais surpreendente: vai derrubar um pedaço da perimetral e
cavar um monumental buraco ao lado da Baia de Guanabara, onde será necessário um
complexo e dispendioso sistema de contenção do lençol d'água, tudo para
construir um mergulhão, em nome de embelezar a área do Porto, já chamado de
Maravilha. O que é, afinal, um mergulhão? Para que mora no Rio, basta ir à Praça
XV, enquanto que no Centro de São Paulo também se pode constatar: trata-se de um
túnel em baixo da terra, quanto mais extenso mais fétido, quanto mais
engarrafamento mais fétido ainda e que, em época de chuvas torrenciais, não é
incomum que se transformem em enormes piscinas intrafegáveis.
Quem
circula pelo Rio de Janeiro hoje, constata que a Perimetral é uma competente
solução rodoviária de circulação e mobilidade entre importantes pontos da
cidade. Pelos frequentes engarrafamentos diários, vai entender também que a via
já atingiu a saturação, esperando-se medidas que possam desafoga-la. Afinal, é
provável que circulem cerca de 100 mil automóveis por dia útil. Não! Nosso
memorável prefeito prefere gastar outro Bilhão – ele de novo, nada como ter para
gastar – e esconder a sujeira debaixo do tapete, obrigando os cidadãos
engarrafarem dentro de um ambiente fechado e inóspito. E isto para todo o
sempre, se não vier outro 'iluminado' para desfazer tudo por mais um
troco.
Por tudo
isto afirmamos que este futuro ex-prefeito será um dos mais memoráveis
administradores da história da cidade. Além de nossos neurônios registrarem com
tantas fortes cores esta 'notável' administração, nossos alvéolos também poderão
guardar sequelas por tanto monóxido de carbono que adicionaremos às nossas
vidas, daqueles que se dirigem ao Centro do Rio diuturnamente. Mais que isto, o
ex-futuro prefeito marcará a vida de nossos descendentes, filhos, netos,
bisnetos e mais quem vier que, mesmo sem placa de inauguração, serão lembrados
por nós da justa homenagem que deveríamos prestar, nomeando este trecho da
Perimetral como: O MERGULHÃO DO EDUARDO PAES. E que Deus o proteja nas
próximas eleições. Ele vai precisar!
Prezado L Leitão,
ResponderExcluirquando penso o Brasil, e isto é todo o dia, não me sai da cabeça um livro que marcou minha vida: O Despertar do Mágicos, de Louis Pauwels e Jacques Bergier, que ensina, entre tantos pensamentos, que a realidade pode ser mais fantástica do que a própria ficção. Assim sinto a nossa pátria, com tantas realidades impossíveis como esta, do texto: administradores escolhidos por nós, numa democracia tão duramente alcançada, tratando dos nossos interesses como nunca imaginaríamos em nossos piores pesadelos da época da ditadura. Quer dizer, voto livre só não resolve. Tem que haver consciência, que só se alcança através da educação, ela de novo. Sem isto, continuaremos à ser TOP 10 na economia mundial, com um inacreditável IDH na 80ª colocação.
Abraço forte,
Edu