A União Geofísica Americana (AGU) anunciou nesta quarta-feira, após ter detectado súbitas variações de radiação, que a sonda Voyager 1 da Nasa, lançada em 1977, havia deixado o sistema solar.
Entretanto,depois disso, os cientistas da Nasa questionaram a informação porque o campo magnético da sonda ainda não se curvou, o que, segundo a agência, indicaria sua entrada no espaço interestelar.
Em vez disso, a nava está passando por uma região conhecida como "autoestrada magnética", onde os efeitos da radiação se alteram, antes de sair totalmente do sistema solar, disseram.
A AGU retificou seu anúncio posteriormente, dizendo que a sonda havia entrado em uma "nova região do espaço", endossando essa incerteza.
A afirmação inicial se baseava em uma pesquisa que será publicada na revistaGeophysical Research Letters, que parecia mostrar que a sonda havia saído da chamada "heliosfera", a região de gás e campos magnéticos liberados pelo Sol, e deixado totalmente sua área de influência.
Os resultados demonstraram que a intensidade das partículas que a atingiam, vindas do Sol, se reduziu subitamente, enquanto a dos raios cósmicos vindos do espaço interestelar havia aumentado subitamente.
Mas Edward Stone, cientistas do projeto Voyager baseado no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, disse: "A equipe da Voyager tomou hoje conhecimento de relatos dizendo que a Voyager 1 da NASA saiu do sistema solar.
"É consenso entre a equipe científica do projeto Voyager que a Voyager 1 não saiu do sistema solar nem chegou ao espaço interestelar. Em dezembro de 2012, a equipe científica do Voyager relatou que a Voyager 1 está em uma nova região chamada 'autoestrada magnética', na qual as partículas energéticas se modificavam muito."Uma mudança na direção do campo magnético é a última indicação crítica de sua chegada ao espaço interestelar, e isso ainda não foi observado."
A espaçonave já viajou cerca de 18 bilhões de quilômetros desde que deixou a Terra – 123 vezes a distância entre nosso planeta e o Sol.
A Voyager-1 havia sido projetada para nos enviar informações sobre os planetas mais externos do nosso sistema solar, mas seguiu viajando em direção ao centro de nossa galáxia.
A próxima estrela da qual a Voyager-1 irá se aproximar é chamada AC +793888, mas isso só ocorrerá dentro de 40.000 anos e, ainda assim, essa aproximação será de, no máximo, dois anos-luz.
Donde se conclui que viagens interplanetárias para fora do sistema solar não são viáveis. A menos que se descubra algum atalho no espaço-tempo.
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