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domingo, 31 de março de 2013

Lupus 3


Um nuvem escura, conhecida como Lupus 3, onde ocorre a formação de novas estrelas, e um brilhante aglomerado de estelas que já emergiram deste poeirento berçário estelar. 

Lupus 3 fica a cerca de 600 anos-luz da Terra, na constelação do Escorpião. Nosso Sol nasceu provavelmente em uma região de formação de estrelas semelhante, há mais de quatro bilhões de anos. A foto foi tirada com o telescópio  MPG/ESO de 2,2 metros, no Observatório La Silla, no Chile.

A dark cloud known as Lupus 3 where new stars are forming, and a brilliant cluster of stars that have already emerged from this dusty stellar nursery. 

Lupus 3 lies about 600 light-years from Earth in the constellation of Scorpius. Our sun was probably born in a similar star-formation region more than four billion years ago. The picture was taken with the MPG/ESO 2.2-metre telescope at the La Silla Observatory in Chile

Sobrevoando a Terra à noite



Várias maravilhas são visíveis ao se sobrevoar a Terra à noite. Uma compilação desses espetáculos visuais foi registrada recentemente a bordo a Estação Espacial Internacional  (ISS) à qual foi adicionada uma vibrante trilha sonora. Passando abaixo, pode-se ver nuvens brancas, luzes alaranjadas das cidades,relâmpagos e tempestades de trovões, além de mares azul-escuros

No horizonte há a bruma dourada da fina atmosfera terrestre, frequentemente adornada por auroras à medida que o vídeo vai passando. As partes verdes das auroras permanecem tipicamente sob a estação espacial, mas esta voa diretamente através dos picos de auroras verdes e púrpura

Os paineis solares da ISS são visíveis ao redor das bordas da imagem. A onda de brilho que se aproxima ao final de cada sequência é o alvorecer do hemisfério iluminado da Terra, uma cena que se repete a cada 90 minutos.


Many wonders are visible when flying over the Earth at night. A compilation of such visual spectacles was captured recently from the International Space Station (ISS) and set to rousing music. Passing below are white cloudsorange city lights,lightning flashes in thunderstorms, and dark blue seas

On the horizon is the golden haze of Earth's thin atmosphere, frequently decorated by dancing auroras as the video progresses. The green parts of auroras typically remain below the space station, but the station flies right through the red and purple auroral peaks. 

Solar panels of the ISS are seen around the frame edges. The ominous wave of approaching brightness at the end of each sequence is just the dawn of the sunlit half of Earth, a dawn that occurs every 90 minutes.

Indesejáveis?


Neste cartaz na vitrine de um restaurante no bairro histórico de Houhai, em Pequim, está escrito: "Esta loja não atende japoneses, filipinos, vietnamitas, nem cachorros, A China está envolvida em uma disputa por fronteiras com o Japão, Vietnã e as Filipinas.

Sakurajima



Um relâmpago surge do vulcão Sakurajima, em erupção no Japão, que esteve inativo por 100 anos, até que, em 1914, houve uma grande erupção que engoliu as ilhas próximas, criando um  istmo ligando-o ao continente, e  fazendo com que deixasse de ser uma ilha. O Sakurajima voltou a rugir em 1955, e, desde então, tem entrado em erupção quase constantemente.

sábado, 30 de março de 2013

Big Sandy Shoot



Um Jipe Willys 1953, equipado com uma metralhadora Browning calibre .30 durante o Big Sandy Shoot em Mohave County, no Arizona, EUA. 

O Big Sandy Shoot é o maior torneio  organizado de tiro de metralhadora dos Estados Unidos, esse país de gente aficionada por armas de fogo, ao qual acorre gente de todos os estados. Metrancas antigas e réplicas, além de canhões, são algumas das armas exibidas no evento. 

SU World Figure Skating Championships


Os canadenses Kaitlyn Weaver e Andrew Poje atuam na apresentação de gala do campeonato de patinação no gelo ISU World Figure Skating Championships em Londres, Reino Unido.

sexta-feira, 29 de março de 2013

NGC 6520



Esta imagem, do Observatório La Sllla do ESO, no  Chile, mostra o brilhante aglomerado estelar NGC 6520 e seus arredores com a nuvem escura Barnard 86, de estranho formato. 


Esta dupla cósmica está  diante de um plano de fundo de milhões de estrelas na região mais brilhante da Via Láctea – uma região com uma densidade de estrelas tal que mal se consegue ver algum pedaço do espaço escuro em toda a foto.

Long weekend


Long weekend traffic jam; business as usual.

Vídeo: Ropits, o carro robô



Guiar pode se tornar coisa do passado, graças a este carro sem motorista para  pessoas de idade ou deficientes, criado pela Hitachi.

O sonho de circular por aí em veículos dotados de sensibilidade estará mais próximo de se tornar realidade neste mês, com o lançamento do novo carro autoguiado da Hitachi. 

O Robô para Sistema Inteligente de Transporte Pessoal– o Ropits  – pode levar você sem dificuldade de A para B mediante o simples toque de um botão e o deslizar por uma tela.

Réa, Encelado e Dione


Orbitando no plano dos aneis de Saturno, suas luas têm uma vista permanente do lado dos aneis do planeta gigante gasoso

A passar próxima ao plano dos aneis, a espaçonave Cassini também compartilha essa bela perspectiva. Os finos aneis, por sua vez, situam-se no meio desta foto, tirada pela  Cassini, em abril de 2011. 

No cenário, aparecem o lado de Saturno escurecido pela noite, à esquerda na imagem, e o lado dos aneis ainda iluminados pelo Sol, logo acima do plano anelar. 

Ao centro, com mais de 1.500 quilômetros de diâmetro, aparece  Réaa segunda maior lua de Saturno, e a mais próxima à espaçonave, distante cerca de 2,2 milhões de quilômetros. 

À direita de Réa, a brilhante Encelado, com  500 quilômetros de diâmetro, e distante cerca de 3 milhões de quilômetros. 

Dione, com cerca de 1.700 km de diâmetro,está a 3,1 milhões de quilômetros da câmera da Cassin, à esquerda, parcialmente encoberta pelo lado escurecido de Saturno.

Orbiting in the plane of Saturn's rings, Saturnian moons have a perpetual ringside view of the gas giant planet

Of course, while passing near the ring plane the Cassini spacecraft also shares their stunning perspective. The thin rings themselves slice across the middle of this Cassini snapshot from April 2011. 

The scene looks toward the dark night side of Saturn, in the frame at the left, and the still sunlit side of the rings from just above the ringplane. 

Centered, over 1,500 kilometers across, Rhea is Saturn's second largest moon and is closest to the spacecraft, around 2.2 million kilometers away. 

To Rhea's right, shiny, 500 kilometer diameter Enceladus is about 3 million kilometers distant. 

Dione, 1,100 miles wide, is 3.1 million miles from Cassini's camera on the left, partly blocked by Saturn's night side.

quinta-feira, 28 de março de 2013

M 106


Esta fantástica e belíssima imagem é formada por uma combinação de observações da galáxia M 106 feitas com o Hubble e informações adicionais captadas pelos astrônomos amadores Robert Gendler e Jay Gabany. 

Gendler combinou dados do Hubble com suas observações para produzir esta impressionante imagem em cores.

 M 106 é uma galáxia espiral relativamente próxima, a pouco mais de 20 milhões de anos-luz da Terra.

Eleição já, para não ter que trabalhar






José Nêumanne

Governo e oposição não cuidam do embarque da soja, mas se preparam para o comício que vem

Todas as estradas que levam aos Portos de Santos e Paranaguá estão bloqueadas por filas de caminhões carregados com a supersafra de 38 milhões de toneladas de soja esperando para descarregar o produto em terminais portuários incapacitados para embarcar tanto grão. A China, a maior compradora do mundo, está desistindo, à medida que o tempo passa, do que adquiriu e, por causa disso, o minério de ferro não foi ultrapassado pela leguminosa como o maior produto de exportação da nossa Pátria amada, idolatrada, salve, salve! Enquanto tudo isso ocorre, a presidente Dilma Rousseff põe Antônio Andrade, peemedebista mineiro, no lugar de Mendes Júnior, peemedebista gaúcho, no Ministério da Agricultura. Mas não por causa do apagão da logística ou pelo colapso da infraestrutura, e sim porque trata de acomodar mais partidos em seu superpalanque da eleição de 2014.

A soja tinha de ser entregue faz tempo, mas a maior responsável pela operação desastrosa dos nossos portos só pensa no que vai ter de enfrentar em outubro do ano que vem – daqui a um ano e sete meses. Pode? Pois é! Diante da expectativa de os paulistas não conseguirem passar o feriado da Páscoa no litoral ao pé da Serra do Mar porque a Piaçaguera-Guarujá está intransitável, não há um líder oposicionista empenhado em entender, explicar, traduzir e criticar o absurdo. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) não foi solidarizar-se com os caminhoneiros paralisados, mas gastou todo o seu tempo e seu latim para apagar o fogo ateado com as manifestações de apreço de José Serra (PSDB-SP) pelo adversário Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Assim como o governo, a oposição só pensa naquilo para depois da Copa.

Os meios de comunicação não ficam atrás. Apesar de noticiarem o absurdo de uma burocracia que culpa o excesso de produtos a exportar, e não o descalabro dos portos mal administrados e das estradas esburacadas, dão destaque mesmo às potencialidades (se é que há alguma) da Rede de Marina Silva.

Na semana passada, o governo anunciou que a Petrobrás não venderá mais a refinaria de sua propriedade em Pasadena, no Texas (EUA), por causa do prejuízo que teria. Ora bolas, o prejuízo já foi dado! Agora a questão se resume a ter um prejuízo de US$ 1 bilhão, se a estatal brasileira conseguir passar adiante o mico que comprou dos belgas, ou US$ 1, 180 bilhão, se mantiver em sua contabilidade a atividade gravosa da empresa mal comprada. Não consta que haja um agente da republicana Polícia Federal do dr. José Eduardo Martins Cardozo investigando quem saiu ganhando na compra, que, aliás, só acrescenta mais um grão no areal de lambanças de uma empresa cujos donos somos nós.

Mas a oposição foi para o circuito Elizabeth Arden do tríduo momesco no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro e deixou a nau capitânia do “petróleo é nosso” afundar num mar de lama. Prometeu voltar depois da Quarta-Feira de Cinzas e ficou na muda esperando a Páscoa chegar, que, como diria o poeta pernambucano Ascenso Ferreira, conterrâneo do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, “ninguém é de ferro”.
O ex-governador Serra trocou afagos em público com o neto do dr. Miguel Arraes para despertar a ciumeira de Aécio, a cuja indiferença atribui grande responsabilidade por sua derrota na eleição presidencial de 2010. Depois de perder de novo, em 2012, para outro poste de Lula, Fernando Haddad (PT), a Prefeitura de São Paulo, deixando desprotegido mais um bastião da oposição à invasão do bloco governista, formado por PT e PMDB, o furibundo tucano nem quis saber da surra que o partido dele levou da presidente Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas neste fim de semana. Como se diz sempre nessas pesquisas, “se a eleição fosse hoje”... Acontece que não é, e por isso mesmo a pesquisa de nada vale. Mas o professor Serra nem se deu ao trabalho de constatar.

Pesquisa de opinião pública é “o retrato do momento”, dizem os marqueteiros que fazem os seus clientes pagar uma fortuna por essa inutilidade. Ou seja, as pesquisas que dão como certa a vitória da presidente na eleição da qual ela é óbvia favorita são como se se fotografasse o treino do Corinthians para o próximo compromisso pelo Campeonato Paulista anunciando que o time será o campeão da Libertadores da América do ano que vem. Aécio Neves até lembrou isso – como destacou que o governo preenche os intervalos comerciais da programação da televisão e a chefe e candidata não se cansa de produzir “factoides” eleitorais –, mas já chega eivado de suspeita por ser o principal interessado. Ou melhor, prejudicado.

O cidadão continua morrendo nos buracos das estradas agora ocupadas pelos caminhões que não são descarregados nos portos, ou nos pisos nus de uma rede hospitalar pública sem vagas, sem macas e sem médicos. Nossos filhos frequentam estabelecimentos de ensino incapazes de ensinar o bê-á-bá e a tabuada. Mas, empregada (ainda que mal remunerada) e de barriga cheia, com uma Bolsa-Família a receber e uma bolsa-escola a não frequentar, a maioria comemora até o advento de um papa argentino. Como a redução da tarifa elétrica e a isenção de impostos na cesta básica, que não baixou os preços dos alimentos, mas cristalizou o prestígio da presidente entre o povão, que nem carente mais é.

Carente mesmo é a democracia brasileira, que depende de ídolos como o mais popular de todos, Lula da Silva, padrinho de Dilma, por não dispor de instituições fortes capazes de formar políticos com cultura cívica e burocratas que sejam capazes de fazer algo mais útil do que furtar o erário. Dependente de eleições, como o viciado da droga, nosso Estado Democrático de Direito toma doses de demagogia na veia todos os dias. Com 39 ministérios, o governo não tem como governar e apenas galga o palanque para passar o tempo prestando atenção na arenga que esconde a inércia e o malfeito nossos de cada dia.

Jornalista, poeta e escritor

(Publicado na Pág.A2 do Estado de S. Paulo de quarta-feira 27 de março de 2013)

Lagosta-aranha japonesa


O Curador Senior de espécies marinhas Chris Brown se prepara para  acomodar a lagosta aranha japonesa chamada Big Daddy (Paizão) em seu novo lar no Centro de Seres Marinhos de Blackpool, no Reino Unido. Com suas garras de 3 metros de envergadura, a gigantesca lagosta aranha japonesa é a maior da Europa.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Aranha-pavão


A colorida aranha-pavão — como seu homônimo de penas — utiliza cores para se exibir para as fêmeas da espécie. 

Seus traços parecem formar um rosto, com olhos, nariz, uma boca, e até pelos ruivos, característica exclusiva desta espécie, cujo nome científico é Maratus speciosus

Essas minúsculas aranhas têm apenas cerca de quatro a cinco milímetros de comprimento.

terça-feira, 26 de março de 2013

Teologia da libertação sexual



Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo

Quando vejo essa polêmica sobre os escândalos de pedofilia na Igreja, uma das causas da renúncia de Bento 16, lembro-me de que, no colégio de padres onde estudei, 'sexo' era a palavra evitada, mas que estava em toda parte, como uma ameaça vermelha. O Diabo nos espreitava detrás das estátuas de Santa Tereza em êxtase, nas coxas dos anjinhos nus, nos seios fervorosos das beatas acendendo velas. Na entrada dos alunos pela porta principal já havia um desfile de velada pedofilia. O reitor se postava vestido em negra batina na porta do longo corredor, imóvel em pose de manequim chique, enquanto duas filas de alunos entravam beijando-lhe as mãos estendidas como oferendas de santidade; até hoje me lembro do vago cheiro de sabonete e cuspe na mão do reitor.
Entre professores e noviços, víamos muitos rostos angustiados, berros severos e excessivos nas aulas; sentia-se no ar a exasperação da sexualidade renegada. O desespero da castidade enlouquecia-os. As mães dos alunos, lindas, com seus penteados e decotes imitando Jane Russel ou Ava Gardner, faziam charme para os padres zonzos de desejo. E eu me perguntava: "Meu Deus... por que padre não pode casar?"
Dos púlpitos, os sermões nos ameaçavam ferozmente com o fogo eterno, se nos masturbássemos ou, como diziam, se praticássemos o "vício solitário". "Vocês quando pecam são iguais ao Hitler, pois matam na solidão dos banheiros milhões de pessoas que poderiam nascer!"
Ou seja, além de bobos e virgens, éramos genocidas em holocaustos de banheiro, indo para o inferno onde queimaríamos por toda a eternidade. A 'eternidade' era descrita assim: "Imaginem que o planeta seja um grande diamante, o metal mais duro do universo. De cem em cem anos, um passarinho vem voando e dá uma bicadinha na Terra. O dia em que a Terra for toda esfarinhada pelas bicadinhas do pássaro, nesse dia, acaba a eternidade". E eu sofria, me esvaindo nos banheiros, pensando naquele passarinho que bicava o mundo, enquanto eu acariciava o outro passarinho em humilhante solidão. O prazer era um crime - tudo ficava manchado de culpa: a alegria era falta de seriedade, a liberdade era um erro, as meninas eram seres inatingíveis. A sexualidade esmagada virava uma máquina de perversões ou uma fonte de sofrimentos para quem fazia votos de castidade. Hoje, que o mundo virou uma incessante paisagem de bundas e seios nus, de pornografia na publicidade e na mídia, fica cada vez mais absurdo esse imenso exército de deprimidos lendo as Playboys no escuro dos conventos.
No grande festival do conclave que elegeu o papa Francisco, a coisa que mais me impressionou foi a semelhança entre os cardeais. Todos pareciam a mesma pessoa, desfilando com suas batinas púrpura. Impressionaram-me os rostos acabados, envelhecidos sob cabelos curtos e brancos, os mesmos óculos, os mesmos passos trêmulos, as décadas de abstinência sexual cavando em suas faces sulcos de tristeza, um vazio de prazeres não vividos, um vazio de corpos não beijados.
Claro que o óbvio é sempre negado; se dissermos que a pedofilia é fruto do celibato, as respostas serão adversativas, evasivas, afirmando que os pedófilos já viriam 'prontos' antes da ordenação, que o fenômeno é muito complexo, etc. e tal, mas, por minha experiência pessoal, creio que a pedofilia era uma distorção vagamente tolerada dentro da Igreja.
No colégio onde eu estudava havia um padre que era popular entre os alunos porque fazia mágicas com rara habilidade. Nos recreios, era cercado por meninos vendo ovos saírem de suas orelhas, moedas tiradas da boca, flores explodindo em buquês entre seus dedos magros e enrugados. Ele tinha também um teatro de bonecos. Um dia levou-me até sua sala para me mostrar marionetes novas. O padre parecia nervoso e começou a criticar meu cabelo despenteado, eriçado. Pegou um pente, começou a me pentear com mãos trêmulas e de repente me deu um beijo na boca. Fugi em pânico até a saída onde meu pai me esperava no carro e, apavorado, não disse nada. Só contei em confissão a um outro padre, que fingiu não entender bem e senti que ele sabia do vício do colega; ele mudou de assunto como se a pedofilia fosse um mal inevitável, para a manutenção do celibato. Falei a um outro padre que me ouviu ceticamente e me acalmou, acariciando-me a mão como se eu estivesse perturbado, imaginando absurdos. Comecei a entender que, além do pecado e da virtude, havia um corporativismo espiritual a defender práticas escusas. Já comentei aqui esse antigo assédio e, no dia seguinte, muitos colegas do colégio me ligaram: "Ah... aposto que foi o padre tal, não foi?" Todo mundo sabia desse e de outros casos, tudo num silêncio deliberado. Percebo hoje que, não só entre os padres obrigados a castidade havia essa compulsão; muitos colegas de classe já partiam para uma saída homossexual aflita, torturada, entre as inúmeras proibições e preconceitos.
Mas nem sempre foi assim. São Pedro era casado. Outros seis papas tiveram mulher e filhos também. Até que, em 1073, o papa Gregório VII proibiu o desejo sexual (literalmente), porque padres casados tendiam a se distrair das tarefas religiosas (já imaginaram rezar a missa depois de uma boa 'DR' com a mulher?). Pois é; mas o motivo verdadeiro era impedir que viúvas e filhos herdassem bens dos sacerdotes, que deviam ser repassados à Igreja.
Uma das grandes desvantagens da Igreja Católica, perante outras religiões, é esse celibato implacável. Estão diminuindo muito as vocações para seminaristas, que buscam a religião pela fome ou por um lugar social. Rabinos casam, pastores protestantes casam, budistas "do it", mesmo muçulmanos "do it". A ideia de castidade gera um atraso em cascata em relação aos problemas contemporâneos. Enquanto os pentecostais botam pra quebrar em bailes "gospel", em shows de Jesus Funk, a Igreja Católica vai mergulhando na Idade Média. Acho que está chegando a hora de uma "teologia da libertação sexual".

Lua cheia


A silhueta de um jatinho contra a Lua cheia em elevação ao fundo.

Vídeo: Possível impacto de asteróide






O físico e ex-astronauta da Nasa  Dr. Ed Lu discute a possível ameaça representada por asteróides próximos à Terra. Lu diz haver 30% de chance de um impacto de cinco megatons ocorrer neste século. Ele diz haver tecnologia para prevenir tais impactos contra a Terra, mas sem que se conheça a existência de tais ameaças com anos de antecedência, "não haveria opção'

O suco envenenado



Disputa por comida


Um chacal e um urubu disputam por comida na Reserva Natural  do Castelo do Gigante, na região de  Drakensberg,  África do Sul. 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Lobista internacional


A Praia de Agua Dulce


Esta é a praia Agua Dulce, em Lima, Peru. 

Enquanto as classes mais abastadas passam os fins de semana de verão em praias exclusivas ao sul da capital peruana, a classe operária se espreme na única praia   municipal, de areias  cinzentas e ondas suaves. 

A única exigência para frequentar  Agua Dulce é uma taxa de dois dólares, o preço de uma passagem de ônibus de ida e volta.

Voando em frente às luas


Às vezes, a Lua é um  ponto de passagem movimentado. Há algumas semanas, por exemplo, nossa Lua  passou diante do planeta Júpiter. Ao registrar este raro espetáculo de New South Wales, na Austrália, um arguto astrofotógrafo percebeu que um avião nas vizinhanças poderia passar diante da Lua, e rapidamente preparou sua câmera para uma série contínua de fotos de curta exposição. 

Como esperado, por um breve instante, o avião, a Lua e Júpiter estiveram todos visíveis em uma só imagem, esta acima. Mas isso não era tudo, e outra  foto, de exposição mais longa, foi tirada para revelar três das luas de Júpiter: Io, Calisto, e Europa (da esquerda para a direita). 

Infelizmente, este triplo espetáculo logo desapareceu. Menos de um segundo depois, o avião se afastou da Lua. E mais alguns segundos depois, a Lua  cobriu Júpiter. Novamente, mais alguns segundos depois, Júpiter reapareceu do outro lado da Lua, e ainda alguns segundos mais tarde, a Lua se afastou   completamente de Júpiter. Embora difíceis de captar em fotos, aviões frequentemente cruzam o disco lunar. Mas a Lua não irá eclipsar Júpiter outra vez antes de três anos.


Sometimes the Moon is a busy direction. Last week, for example, our very Moon passed in front of the planet Jupiter. While capturing this unusual spectacle from New South WalesAustralia, a quick-thinking astrophotographer realized that a nearby plane might itself pass in front of the Moon, and so quickly reset his camera to take a continuous series of short duration shots. 

As hoped, for a brief instant, that airplane, the Moon, and Jupiter were all visible in a single exposure, which is shown above. But the project was not complete — a longer exposure was then taken to bring up three of the Jupiter's own moons: Io, Calisto, and Europa (from left to right). 

Unfortunately, this triple spectacle soon disappeared. Less than a second later, the plane flew away from the Moon. A few seconds after that, the Moon moved to cover all of Jupiter. A few minutes after that, Jupiter reappeared on the other side of the Moon, and even a few minutes after that the Moon moved completely away from Jupiter. 

Although hard to catch, planes cross in front of the Moon quite frequently, but the Moon won't eclipse Jupiter again for another three years.

UAE Hawks


O UAE Hawks, grupo aerobático das forças armadas dos Emirados Árabes Unidos, se exibe em um show militar em Kuwait City, na ocasião do 52º Dia da Independência e 22º aniversário do fim da Guerra do Golfo, quando o país foi libertado da ocupação das forças de ocupação iraquianas.

IC 1805: A Nebulosa do Coração


Estendendo-se por quase 200 anos-luz, a nebulosa de emissões IC 1805 é uma mistura de gás interestelar incandescente e nuvens de poeira escura. 

Por conta de seu formato de coração, ela leva o apelido de Nebulosa do Coração. Distante cerca de 7.500 anos-luz, no braço espiral de Perseu de nossa  galáxia, IC 1805 é um berçário estelar. Na verdade, nas proximidades  de seu centro encontram-se as massivas estrelas quentes de um recém-formado aglomerado estelar também conhecido como Melotte 15, com apenas cerca de 1,5 milhão de anos-luz. 

De certa forma ironicamente, a  Nebulosa do Coração está localizada na constelação da mitológica Rainha da Etiópia (Cassiopeia). Esta visão profunda da região em torno da Nebulosa do Coração se estende por cerca de dois graus de arco no céu, o que equivale a quatro vezes o diâmetro da Lua Cheia.

Sprawling across almost 200 light-years, emission nebula IC 1805 is a mix of glowing interstellar gas and dark dust clouds. 

Derived from its Valentine's-Day-approved shape, its nickname is the Heart Nebula. About 7,500 light-years away in the Perseus spiral arm of our galaxy, stars were born in IC 1805. In fact, near the cosmic heart's center are the massive hot stars of a newborn star cluster also known as Melotte 15, about 1.5 million years young. 

A little ironically, the Heart Nebula is located in the constellation of the mythical Queen of Aethiopia (Cassiopeia). This deep view of the region around the Heart Nebula spans about two degrees on the sky or about four times the diameter of the Full Moon.

domingo, 24 de março de 2013

Shams 1


Vista aérea da unidade de geração de eletricidade por energia solar concentrada (CSP) Shams 1, em Madinat Zayed,  Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. 

A maior usina de energia solar concentrada do mundo foi oficialmente inaugurada em 18 de março de 2013.

An aerial view of the Shams 1 solar power plant at Madinat Zayed in Abu Dhabi, United Arab Emirates. The world's largest concentrated solar power plant was officialy inaugurated on 18 March 2013.

Charlie


Este é Charlie, um papagaio verde, resgatado por uma mulher, com a qual vive atualmenteAntes disso. o bichinho quase chegou a morrer de fome, e, desesperado, arrancou as próprias penas. Sua nova dona tricotou este colete para ajudá-lo a se manter aquecido.

Vulcão visto do espaço


Esta imagem, registrada pelo astronauta canadense Chris Hadfield, a bordo da Estação Espacial Internacional, mostra um vulcão no México, com a trilha de vapor de um jato comercial passando pelo centro.

Diamante de coração


Um negociante segura um diamante de 73,85 quilates em formato de coração, no andar de negociações da bolsa de diamantes de Ramat Gan, nas proximidades de Tel Aviv, Israel.

sábado, 23 de março de 2013

A Voyager-1 em uma nova região do espaço



A União Geofísica Americana (AGU) anunciou nesta quarta-feira, após ter detectado súbitas variações de radiação, que a sonda Voyager 1 da Nasa, lançada em 1977, havia deixado o sistema solar.
Entretanto,depois disso, os cientistas da Nasa  questionaram a informação porque o campo magnético da sonda ainda não se curvou, o que, segundo a agência, indicaria sua entrada no espaço interestelar.
Em vez disso, a nava está passando por uma região conhecida como "autoestrada magnética", onde os efeitos da radiação se alteram, antes de sair totalmente do sistema solar, disseram.
A AGU  retificou seu anúncio posteriormente, dizendo que a sonda havia entrado em uma "nova região do espaço",  endossando essa incerteza.
A afirmação inicial se baseava em uma pesquisa que será publicada na revistaGeophysical Research Letters, que parecia mostrar que a sonda havia saído da chamada "heliosfera", a região de gás e campos magnéticos liberados pelo Sol, e deixado totalmente  sua área de influência.
Os resultados demonstraram que a intensidade das partículas que a atingiam, vindas do Sol, se reduziu subitamente, enquanto a dos raios cósmicos vindos do espaço interestelar havia aumentado subitamente.
Mas Edward Stone, cientistas do projeto Voyager  baseado no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena, disse: "A equipe da Voyager tomou hoje conhecimento de relatos dizendo que a Voyager 1 da NASA saiu do sistema solar.
"É consenso entre a equipe científica do projeto  Voyager que a Voyager 1 não saiu do sistema solar nem chegou ao espaço interestelar. Em dezembro de 2012, a equipe científica do Voyager relatou que a Voyager 1 está em uma nova região chamada 'autoestrada magnética', na qual as partículas energéticas se modificavam muito."Uma mudança na direção do campo magnético é a última indicação crítica de sua chegada ao espaço interestelar, e isso ainda não foi observado."
A espaçonave já viajou cerca de 18 bilhões de quilômetros desde que deixou  a Terra – 123 vezes a distância entre nosso planeta e o Sol.

A Voyager-1 havia sido projetada para nos enviar informações sobre os planetas mais externos do nosso sistema solar, mas seguiu viajando em direção ao centro de nossa galáxia.
A próxima estrela  da qual a  Voyager-1  irá se aproximar é chamada AC +793888, mas  isso só ocorrerá dentro de 40.000 anos e, ainda assim, essa aproximação será de, no máximo, dois anos-luz.

Donde se conclui que viagens interplanetárias para fora do sistema solar não são viáveis. A menos que se descubra algum atalho no espaço-tempo.



E o forró não morreu




José Nêumanne

Contra as profecias que enterravam o ritmo, homens fazem justiça com o próprio acordeom

No fim do século passado, rolou o maior estresse na música regional nordestina. Parte dele vinha de Fortaleza, onde o produtor Manuel Gurgel inventou uma nova fórmula de forró: conjuntos em que predominavam instrumentos eletrônicos e muita dança sensual de mulheres bonitas e de corpo bem torneado, com nomes de origem sertaneja (Mastruz com leite) ou insinuação sexual (Calcinha preta) eram compostos por músicos contratados pelo produtor. Este corria as praças exercitando, segundo seus desafetos, um velho costume herdado do Sudeste: o jabaculê, ou jabá: a compra de execução de discos em rádio. O gênero foi chamado pejorativamente de forró de plástico. A outra ponta do desafio à autenticidade do ritmo inventado por Luiz Gonzaga vinha de São Paulo, onde uma banda, a Falamansa, incendiou os salões de baile da Pauliceia Desvairada com um hit de arromba, Rindo à Toa.

Na virada do século, um gênio como o paraibano Antônio Barros, com mais de 700 sucessos juninos, entre os quais dois arrasa-quarteirões nacionais, Homem com Agá e Por Debaixo dos Panos, com Ney Matogrosso, foi obrigado a abrir shows no interior nordestino para as bandas de Gurgel. E instrumentistas do quilate de Jorge de Altinho e Oswaldinho do Acordeom, filho de Pedro Sertanejo, baiano que inventou as salas de dança do forró paulistano, e compadre de Gonzaga, passaram a ser apresentados como atrações nos shows da garotada urbana que fazia parte do chamado forró universitário (referência ao festival do Mackenzie, onde Falamansa surgiu).

Ao assumir a secretaria de Cultura do governo da Paraíba, Chico César, sertanejo de Catolé do Rocha, empunhou a bandeira do forró de pé de serra, com base em sanfona, triângulo e zabumba, formação adotada pelo rei do baião, que, em vez de ônibus, se deslocava numa Rural com seus acompanhantes interior adentro. Mas a reação soou frágil, de vez que o forró nada tem de autêntico: trata-se de uma invenção do grande marqueteiro que foi o gênio que fez de sua Asa Branca o hino informal do Nordeste.

Pouco mais de dez anos depois, ficou provado que as ondas se desmancham na areia e o mar continua. Gurgel mudou de ramo, o forró universitário não tem mais o impacto dos velhos tempos e o trio sanfona-zabumba-triângulo volta ao topo do pódio. Dois gênios da música regional nordestina – Antônio Barros e Genival Lacerda, seu Vavá –, da turma que foi acolhida por Gonzaga em sua casa em Lins de Vasconcelos, no Rio, são os remanescentes vivos do trio que Rilávia Cardoso e Ajalmar Maia, os dois maiores dançarinos de forró do maior São João do Mundo, em Campina Grande, Paraíba, homenageiam no Prêmio Luiz Gonzaga, grande festa da música regional, deste ano. O terceiro é o maestro Sivuca, que viajou para o além antes do combinado, como costuma dizer seu amigo Rolando Boldrin.

E Monteiro, berço de intelectuais como o crítico de cinema e filósofo católico José Rafael de Menezes, ministros do Supremo como Djacir Falcão e Rafael Mayer, e um dos maiores repentistas da história da poesia popular nordestina, Pinto do Monteiro, está presente nesta ressurreição na pessoa de dois sanfoneiros. Sanfoneiro desde os 7 anos, no circuito junino desde 1977, devoto de Gonzaga e Dominguinhos, Flávio José percorre o País com sua voz forte e meiga, apropriada para o forró romântico de sucessos como Caboclo Sonhador ou impregnado de costumes matutos como Tareco e Mariola. No ano passado, homenageou o centenário do fundador de sua profissão com um CD só de obras de seu Lua.

Dejinha de Monteiro, que adota a cidade natal no nome artístico, é também um sanfoneiro de primeira linha, na escola de Flávio José. Seu repertório é fundado em sucessos que falam de relações destruídas, amores findos e da desilusão do descompasso entre os casais – um sanfoneiro do século 21.

Em Campina Grande, Amazan continua fabricando suas sanfonas, enquanto os conterrâneos José e Luizinho Calixto mantêm a tradição da velho instrumento camponês de Sivuca, o fole de oito baixos: Zé Calixto no subúrbio do Rio, onde conviveu com Gonzaga, e o irmão ensinando a afinação quase impossível do instrumento no interior do Nordeste. E quem foi mesmo que disse que o forró morreu?

José Nêumanne é jornalista, poeta e escritor

(Publicado no Caderno 2 + Música do Estado de S. Paulo de sábado 23 de março de 2013)

Etna


Fluxos de lava descem as encostas do Monte Etna, na Sicília, Itália.

A supernova de Kepler


O Observatório Chandra de Raios X da NASA observou estes remanescentes da  supernova de Kepler, a famosa explosão descoberta por Johannes Kepler em 1604. As cores vermelha,verde e azul representam raios X de baixa, intermediária e alta energias.

Este tipo de supernova, a 
explosão termonuclear de uma estrela anã branca, constituiu um importante marcador de distâncias cósmicas para o  rastreamento da expansão acelerada do universo.

Uma lagartixa diurna


Uma lagartixa diurna de Madagáscar.

Vídeo: Meteoro filmado nos EUA





Uma câmera de segurança de uma estacionamento em Seaford, no Estado de Delaware, e outra em Maryland (Nordeste dos EUA) registraram a pasagem do que pareceu ser um meteoro cruzando a linha do horizonte no final de sexta-feira.
Bill Cooke, do Escritório Ambiental de Meteoróides da Nasa disse que o meteoro foi visto por muita gente, com mais den 350 relatossó  no site da American Meteor Society.
O clarão no céu foi visto também no Sul, até no Estado da Flórida e também ao norte, na Nova Inglaterra, segundo o jornal USA Today.



A security camera above a car yard in Seaford, Delaware, and another in Maryland captured footage of what appeared to be a meteor travelling across the skyline late on Friday.
Bill Cooke of Nasa's Meteoroid Environmental Office said the meteor was widely seen, with more than 350 reports on the website of the American Meteor Society alone.
The sky flash was spotted as far south as Florida and as far north as New England, the newspaper USA Today reported.

Estrela d'Alva




Nesta imagem da espaçonave Cassini da NASA, o alvorecer em Saturno é saudado através da vastidão do espaço  interplanetário pela estrela d'alva, o planeta Vênus, visível logo adiante da borda de Saturno, na parte superior da  imagem, diretamente acima da faixa branca do anel G. 

Mais abaixo, aparece o anel E de Saturno, cuja aparência azulada é devida  às propriedades scattering da poeira do qual é formado. O ponto brilhante próximo ao anel E é uma estrela distante. 

Vênus é, assim como Mercúrio, a Terra e Marte, um dos planetas rochosos "terrestres" do 
sistema solar que orbitam o Sol relativamente próximos. Embora Vênus tenha uma atmosfera de dióxido de carbono  que atinge uma temperatura de quase 500 graus Celsius) e uma pressão superficial 100 vezes superior `à da Terra, é considerado  um gêmeo  do nosso planeta devido às suas semelhanças de tamanho, massa, composição rochosa e órbita. Vênus é coberto por espessas nuvens de ácido sulfúrico, razão do seu forte brilho. 

Esta visão é voltada para o lado não iluminado dos aneis, de cerca de 21 graus de arco abaixo do plano dos aneis. 

Imagens obtidas com o uso de filtros espectrais de vermelho, verde e azul foram combinadas para criar esta visão em cores naturais. As imagens foram obtidas através da câmera grande-angular da espaçonave Cassini em 4 de janeiro de 2013, à distância de aproximadamente 597.000 quilômetros de Saturno. A escala da imagem é de 32 quilômetros por pixel. Nasa



Dawn on Saturn is greeted across the vastness of interplanetary space by the morning star, Venus, in this image from NASA's Cassini spacecraft. Venus appears just off the edge of the planet, in the upper part of the image, directly above the white streak of Saturn's G ring. Lower down, Saturn's E ring makes an appearance, looking blue thanks to the scattering properties of the dust that comprises the ring. A bright spot near the E ring is a distant star. 

Venus is, along with Mercury, Earth, and Mars, one of the rocky "terrestrial" planets in the solar system that orbit relatively close to the sun. Though Venus has an atmosphere of carbon dioxide that reaches nearly 900 degrees Fahrenheit (500 degrees Celsius) and a surface pressure 100 times that of Earth's, it is considered a twin to our planet because of their similar size, mass, rocky composition and orbit. Venus is covered in thick sulfuric acid clouds, making it very bright. 

This view looks toward the unilluminated side of the rings from about 21 degrees below the ring plane. 

Images taken using red, green and blue spectral filters were combined to create this natural color view. The images were obtained with the Cassini spacecraft wide-angle camera on Jan. 4, 2013, at a distance of approximately 371,000 miles (597,000 kilometers) from Saturn. Image scale is 20 miles (32 kilometers) per pixel.